Foi
preciso esperar 16 anos para que a Nigéria voltasse a vencer uma partida de
Copa do Mundo da FIFA.
Depois
de surpreender na França 1998 e amargar três campanhas ruins nas décadas
seguintes, os africanos enfim voltaram a sorrir em um Mundial ao bater neste
sábado a Bósnia e Herzegovina por 1 a 0, em partida realizada em Cuiabá. O fim
da série negativa de nove partidas foi um alívio para os comandados de Stephen
Keshi, mas foi mesmo a proximidade da vaga às oitavas de final que fez com que
a comemoração fosse ainda maior.
Com
quatro pontos no Grupo F, a Nigéria passou a depender apenas de um empate
contra a já classificada Argentina na última rodada para assegurar sua
passagem, e até mesmo uma derrota seguida por um tropeço do Irã não encerraria
o sonho. Já a Bósnia, que havia deixado uma boa impressão na estreia, se
despede de forma precoce de seu primeiro Mundial.
A
classificação argentina ainda neste sábado havia colocado uma pressão maior nas
equipes, mas foram os africanos que lidaram melhor com a situação no início. Mesmo
sem muita organização, o ataque liderado por Emannuel Emenike criou inúmeras
chances, principalmente pela direita, de onde saiu o gol da vitória, ainda aos
29 minutos: abusando da força física, o camisa 9 ganhou da defesa e cruzou para
Peter Odemwingie, Craque do Jogo Budweiser, completar na cara do gol.
Do
lado bósnio, Edin Dzeko era o único que chegava com perigo à meta de Enyeama.
Ele ainda chegou a balançar a rede rival após bela tabela no meio de campo, mas
o impedimento já havia sido assinalado. Na segunda etapa, mesmo à frente do
placar, os africanos seguiram melhor, arriscando chutes de longa distância –
sempre com Emenike – e assustando Begovic.
Sem
o mesmo fôlego que havia mostrado no fim do jogo contra a Argentina, a Bósnia
sofreu com as chegadas constantes do ataque nigeriano e demorou para pressionar
Enyeama. Foi só mesmo no finzinho que Dzeko quase frustraria os planos de
Keshi, perdendo uma chance clara de cabeça e outra incrível, na marca do
pênalti, que o goleirão salvou com categoria. Com o apito final, a decepção
bósnia seria inversamente proporcional à alegria nigeriana. E com justiça.
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