Por
cerca de 70 minutos, a torcida que compareceu em grande número ao Mineirão
assistiu surpreso a uma Bélgica quase impotente diante da Argélia.
O
gol de pênalti dos africanos ainda no primeiro tempo já havia causado surpresa,
mas a falta de reação dos europeus abalava o favoritismo de sua badalada
geração. No entanto, duas substituições e bons minutos de pressão bastaram para
que os Red Devils garantissem uma virada sofrida, por 2 a 1, para confirmar –
mesmo que aos trancos e barrancos – o favoritismo na abertura do Grupo H, o
último a entrar em ação na Copa do Mundo da FIFA.
Marouane
Fellaini e Dries Mertens – que estão longe de ser caras novas do futebol belga
– venceram o ferrolho argelino e o bom goleiro Mbohli primeiro em uma bola
alçada na área pelo talentoso De Bruyne, eleito Craque do Jogo Budweiser,
depois em um contra-ataque fulminante, puxado por Eden Hazard, que, se teve
problemas no começo, evoluiu consideravelmente no segundo tempo.
O
primeiro tempo, aliás, foi surpreendente, com a Argélia se fechando bem,
anulando o artilheiro Lukaku e fazendo com que os europeus só chegassem à área
perto dos 43 minutos ou em chutes de longa distância de Witsel. Do outro lado,
um contra-ataque rápido dos argelinos terminou em pênalti que Feghouli mandou
para as redes. Na volta do intervalo, a Bélgica cresceu, ganhou ainda mais
terreno com as substituições e mostrou que, passado o susto da estreia, pode
mesmo incomodar.
Na
volta aos Mundiais após 12 anos, os comandados de Marc Wilmots – o mesmo que liderou
o ataque belga em duas Copas – sabiam que vencer a primeira partida era
fundamental, e agora encaram a Rússia podendo garantir até mesmo a vaga nas
oitavas e embalados por 11 jogos seguidos sem derrotas nos últimos meses. Por
outro lado, os argelinos, que chegaram a sete partidas sem vitórias – ao menos
voltando a marcar em Copas após cinco duelos –, terão de ir para o tudo ou nada
contra a Coreia do Sul.
Nenhum comentário: