Se
ainda havia gente disposta a argumentar que, com a camisa argentina – e
especificamente na Copa do Mundo da FIFA -, Lionel Messi não fazia jus à
condição de um dos maiores jogadores de sua geração, o Brasil 2014 está
servindo para acabar com a discussão.
Mas
acabar mesmo. Na terceira partida dos argentinos pela fase de grupos, o camisa
10 foi, mais uma vez, cirúrgico: não participou obsessivamente das jogadas de
ataque - até porque foi substituído, para ser poupado, no início da segunda
etapa -, mas em alguns poucos lances construiu a vitória dos argentinos por 3 a
2: primeiro, abrindo o placar logo aos três minutos, aproveitando rebote de Di
María - outro destaque do ataque sul-americano - e, antes do final da primeira
etapa, devolvendo a liderança à albiceleste com um golaço de falta.
Assim,
Messi chegou a quatro gols em três jogos, assumiu a liderança da artilharia da
Copa ao lado de seu companheiro de Barcelona, Neymar, e se tornou o primeiro
argentino desde Corbatta, em 1958, a marcar nos três jogos da fase de grupos -
além de o primeiro gol de falta dos argentinos em Copas desde 1982.
Desnecessário dizer, foi escolhido pelo público como Craque do Jogo Budweiser.
Logo
após cada um dos gols do argentino, outro artilheiro tratou de trazer graça à
partida: Ahmed Musa empatou duas vezes o jogo, no minuto seguinte ao primeiro
gol e logo no início da segunda etapa. No final das contas, foi com Rojo que os
comandados de Alejandro Sabella fecharam a primeira fase com 100% de
aproveitamento no Beira-Rio e confirmaram
a liderança do Grupo F.
Os
argentinos agora viajam a São Paulo, onde, na terça-feira, dia 1º de julho, têm
pela frente o segundo colocado do Grupo E – que será definido ainda nesta
quarta-feira. Para a Nigéria, única equipe da Copa que ainda não havia sofrido
gols, a derrota teve uma considerável dose de consolo: não só porque a equipe
jogou bem, marcou dois gols e ainda viu seu goleirão Vincent Enyeama ter outra
bela exibição, mas porque o resultado ainda assim manteve os africanos no
segundo lugar da chave, com quatro pontos, já que o Irã perdeu para a Bósnia e
Herzegovina. O time de Stephen Keshi, então, vai a Brasília para encarar o
líder do Grupo E, na segunda-feira, dia 30.
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