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» » » Emoção, chances e gols no fim para definir a classificação belga

Foi um jogo emocionante, disputado em ritmo alucinante e com uma chance clara atrás da outra.

Fonte e foto: FIFA.com/© Getty Images

E os gols, que não saíram por pouco no tempo normal, apareceram aos montes na prorrogação, para deixar a última partida de oitavas de final ainda mais nervosa. No fim, a Arena Fonte Nova confirmou sua mística de grandes duelos e deu mais sorte à Bélgica, que venceu a valente seleção dos Estados Unidos no tempo extra, por 2 a 1 – com Lukaku e De Bruyne –, para garantir encontro com a Argentina nas quartas da Copa do Mundo da FIFA.

Após os altos e baixos da primeira fase, os belgas chegam pela primeira vez a esta fase desde 1986 – quando ainda foram à semi – embalados por sua melhor apresentação na Copa e com um elenco forte e que tem se acostumado a decidir as partidas no fim (todos seus gols até agora saíram após os 20 últimos minutos). Para os EUA, que poderiam ter deixado Salvador com uma goleada não fosse a grande atuação de Tim Howard, eleito Craque do Jogo Budweiser, a reação e a garra do fim mostraram que a grande campanha da primeira fase, quando eliminaram Portugal e Gana, não vieram por acaso.

Se não chegaram a manter a incrível média de gols do estádio (de 5,25 em quatro partidas), Bélgica e Estados Unidos ao menos fizeram mais um duelo emocionante na capital baiana. E, com exceção do início estudado, as duas equipes mostrariam um ritmo acelerado até o fim, com a Bélgica acumulando oportunidades incríveis. Ao todo, foram quase 40 chutes ao gol, com Howard se destacando e evitando o gol na maioria delas.

Hazard, De Bruyne e Vertonghen foram os melhores dos Diabos Vermelhos no primeiro tempo, tanto na criação como nas finalizações, enquanto Beasley evitaria um gol certo de Origi quando o goleiro não conseguiu afastar o cruzamento. A reação americana só viria no fim da etapa, com o rápido lateral Yedlin – que criou duas boas chances pela direita – e também com a dupla Bradley e Dempsey, assustando Courtois.

O jogo, que já era bom, ficaria ainda melhor na segunda etapa, quando a Bélgica voltou com muito mais ímpeto e sufocou os Estados Unidos. Antes mesmo dos dez minutos, já havia criado ao menos quatro chances perigosas: de cabeça, com Mertens e Origi – o segundo acertando o travessão –, e em chutes, com o de Vertonghen passando rente à trave. O massacre seguiria até o fim, com Mirallas – que recebeu passe precioso de Origi e invadiu sozinho a área –, Hazard e o próprio Origi parando no gigante Howard.

A superioridade era evidente – e o empate,  injusto –, mas seriam os americanos que teriam a melhor oportunidade antes do apito final, com Wondolowski perdendo gol incrível na cara de Courtois. Na prorrogação, a frustração pelo empate não diminuiria a força dos belgas, que enfim marcariam na primeira arrancada pela direita, com Lukaku – que entrara no lugar de Origi – passando para De Bruyne vencer Howard pela primeira vez.

Minutos depois, o mesmo De Bruyne retribuiria o presente ao deixar Lukaku na boa para fazer o segundo, mas nem mesmo a vantagem seria motivo de segurança para os europeus. Valentes, os americanos reagiriam nos 15 minutos finais da prorrogação, marcando com Green e perdendo mais uma incrível chance com Jones. E a batalha seguiria aberta, com chances lá e cá, até que o apito final faria os jogadores desabarem em campo, exaustos – os belgas, ao menos, com um restinho de energia para iniciarem a merecida festa.


Sobre os autores:

Gabriella Simões fez Fotografia Digital no Sesc e é associada a Arfoc/Brasil através da Arfoc/BA. Miguel Brusell é formado em Comunicação Social na UFBA, tem pós em Gestão de Informações para Multimeios na FTC e bloga desde 2003.
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