Numa
eleição que se arrastou por mais de sete meses, marcada por forte movimentação
política e diversas denuncias de irregularidades nas redes sociais, Carlos
Abdalla foi eleito presidente da Federação Baiana de Surf.
Foto:
Divulgação FBSurf
O
pleito aconteceu na noite desta terça (22), no Auditório Astor Pessoa, na FTC,
em Salvador, sem a presença de atletas, público, imprensa e com voto secreto.
Para
comandar a entidade suprema do Surf no Estado até o ano de 2018, Abdala vai contar
com a diretoria formada por Brício Argolo (vice-presidente), Rosa Cayres
(secretária) e André Cardoso (tesoureiro). Bastante experiente, com a vida
profissional toda voltada para o surf, Carlos Abdala é uma solução de
continuidade ao que vem acontecendo nos últimos anos no Surf no Estado.
Para
chegar ao cargo contou com apoio do ex-presidente da FBSurf e atual presidente
da Confederação Brasileira de Surf, Adalvo Argolo e quase todos os responsáveis
pelo Surf no Estado como juízes, organizadores e as principais entidades que
organizam o esporte. A eleição foi marcada por um grande número de chapas inscritas
no pleito. Sete chapas disputaram o pleito.
Entre
os derrotados, muita queixa de irregularidades e lamentações nas redes sociais.
O ex-presidente da FBSurf e um dos principais candidatos da oposição, Carlos
Moraes lidera as queixas. Mandinho (ex-presidente) acatou a chapa de Abdala
como elegível mas, segundo o estatuto, está Inelegível porque o tesoureiro da
chapa, Andre Cardoso, não é dirigente de nenhuma entidade filiadas", acusa
o candidato derrotado.
Segundo
Moraes, a regra é a seguinte: "só podem se candidatar dirigentes da Federação
e dirigentes das filiadas com mais de 2 anos de voluntariado", afirma.
Segundo o ex-presidente, o grupo liderado por Adalvo Argolo (que tinha
interesse na eleição de Abdala) cometeu um ato político sério. "Adalvo inscreveu
cinco chapas com muitos inelegíveis e, administrativamente, só o presidente
poderia impugnar a eleição.
Está
manobra do ex presidente foi decisiva na votação de como seria o processo de
eleição (sem a presença de atletas, público, imprensa e com voto secreto), já
que, por incrível que pareça, foram os próprios candidatos que decidiram isto e
não os atletas ou as entidades filiadas à Federação.
Carlos
Moraes argumenta. "As chapas (que concorreram no pleito) são inelegíveis.
Só estão ai porque foram lançadas cinco chapas que na verdade eram uma só. Assim
tiveram 5 votos na Comissão e assim se aprovou tudo em vantagem para Abadala e
Adalvo. Essa eleição de hoje (22) deve ser anulada. Só podem concorrer
dirigentes da federação e dirigentes de filiadas", afirma.
Nas
redes sociais, o grito de Carlos Moraes ganhou apoio de Jose Stanchi Filho, um
dos pioneiros do Surf Baiano. "Carlão, como sempre, é a bandeira do surf
empunhada, procurando fazer com que o Surf baiano seja respeitado
nacionalmente, e que os surfistas tenham, na Federação" uma referência e
um aliado para competir e auxiliar no que for preciso. Admiro porque sabe lidar
com surfista, mas política não é fácil" acredita o veterano surfista.
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