Mais
de 170 surfistas de 24 países fizeram inscrições para o Red Nose Pro
Florianópolis SC e o Mahalo Surf Eco Festival que vão abrir a série decisiva na
disputa pelas vagas do WSL Qualifying Series para o WCT 2016.
Colaboração
de texto: João Carvalho/WSL
Colaboração
de foto: Daniel Smorigo/Fabriciano Jr.
Falta
menos de uma semana para a decisiva "perna brasileira" de fim de ano
da WSL South America na disputa por vagas para a elite dos top-34 da World Surf
League. A série começa com os dois últimos eventos do QS 6000 seguidos pelo
último QS 10000 do ano, antes do encerramento da temporada na Tríplice Coroa
Havaiana. Surfistas de 24 países já estão inscritos no Red Nose Pro
Florianópolis SC, que abre a primeira batalha por 6.000 pontos na próxima
terça-feira na Praia do Santinho. Da Ilha de Santa Catarina, todos partem para
o sul da Bahia, para o já tradicional Mahalo Surf Eco Festival, de 27 de
outubro a 1º de novembro na Praia da Tiririca, em Itacaré. E o QS 10000 da
Praia de Maresias, fecha a "perna brasileira" na semana de 2 a 9 de
novembro em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo.
"Foi
um imenso desafio para a WSL South America poder manter viva esta série de
eventos no Brasil, em meio a todo este conturbado cenário econômico e político
que vive o nosso país", disse Roberto Perdigão, da WSL South America.
"Com os gastos de premiação e do staff técnico calculado em dólares, o
comprometimento dos promotores, bem como da própria World Surf League, foi
decisivo para que pudéssemos fazer este anúncio hoje. Agora é esperar pelas
ondas e torcer para que mais surfistas sul americanos possam usar estes eventos
como trampolim rumo a melhores posições no ranking mundial da WSL".
O cearense Michael Rodrigues. |
A
etapa catarinense do World Surf League Qualifying Series no ano passado
aconteceu na Praia da Joaquina e o cearense Michael Rodrigues venceu a final
sul-americana com o argentino Santiago Muniz. Michael mora em Florianópolis e
Santiago é irmão mais jovem de Alejo Muniz, que representa o Brasil no Circuito
Mundial porque desde crianças eles moram em Santa Catarina. Alejo sofreu uma
contusão no joelho na etapa do WCT da França e não vai competir no Red Nose Pro
Florianópolis SC, mas os finalistas da Joaquina estão entre os mais de 170
surfistas de 24 países que se inscreveram para disputar os 6.000 pontos na
Praia do Santinho.
Felipe Toledo. |
O
limite inicial é de 144 participantes nas etapas do QS 6000 e 33 já estão numa
lista de alternates para substituir alguma ausência. Entre os confirmados, os
estrangeiros são maioria contra 41 brasileiros, com as maiores atrações sendo
os dois paulistas que já se classificaram para o WCT 2016 nas dez vagas do WSL
Qualifying Series. Os maiores pelotões vêm da Austrália com vinte surfistas e
os Estados Unidos com dezenove. Depois, tem o Havaí com dez inscritos, a França
com nove, Portugal, Espanha e África do Sul com seis cada, Japão com quatro,
Chile e Ilha Guadalupe com três, com dois a Argentina, Peru, Costa Rica e Ilha
Reunião e nove países terão um representante no Red Nose Pro Florianópolis SC,
Uruguai, Venezuela, Porto Rico, Taiti, Itália, Marrocos, Nova Zelândia,
Indonésia e São Bartolomeu.
Santiago Muniz. |
G-10 para o WCT - Cinco
das dez vagas do WSL Qualifying Series para a elite dos top-34 do WCT 2016 já
foram definidas e três são do Brasil. O primeiro a conquistar classificação foi
o catarinense Alejo Muniz, quando ganhou o QS 10000 de Ballito, em julho na África
do Sul. Os outros quatro confirmaram seus nomes nas duas etapas do QS 10000 de
Portugal, os paulistas Alex Ribeiro e Caio Ibelli e os vencedores dos eventos
nas Ilhas Açores e em Cascais, o australiano Jack Freestone e o norte-americano
Kolohe Andino. No momento, os cinco que completam o G-10 são o americano Kanoa
Igarashi, os australianos Ryan Callinan e Adam Melling e os franceses Maxime
Huscenot e Joan Duru. O brasileiro Michael Rodrigues é o próximo da lista, com
530 pontos a menos de Joan Duru.
A
diferença parece ser pequena, mas o cearense vai precisar chegar nas semifinais
do Red Nose Pro Florianópolis SC para voltar a zona de classificação para o WCT
na Praia do Santinho. Isto porque o seu quinto resultado computado no ranking,
para ser trocado na "perna brasileira" da WSL South America, é de
2.200 pontos. Nas provas do QS 6000, os que chegam nas quartas de final recebem
2.650 pontos e Michael então somaria 450 da diferença, que seriam insuficientes
para ultrapassar o francês na rabeira do G-10. Ele só conseguirá isso com os
3.550 pontos das semifinais, mas ainda dependerá dos resultados dos outros
concorrentes diretos pelas cinco vagas que restam para fechar o G-10 do WSL
Qualifying Series.
QS 6000 na Bahia - Caso
não consiga repetir o bom resultado em Florianópolis, o cearense terá outra
chance de entrar na zona de classificação no último QS 6000 do ano, o
tradicional Mahalo Surf Eco Festival, que começa em 27 de outubro e vai até 1.o
de novembro na Praia da Tiririca, em Itacaré, no Sul da Bahia. No ano passado,
o vencedor desta etapa foi o paulista Alex Ribeiro, um dos três brasileiros que
já garantiram seus nomes no seleto grupo dos top-34 que vai disputar o título
mundial de 2016 pelo ranking de acesso da World Surf League. Esta será a oitava
edição do evento que estreou em 2008 com vitória também paulista de Adriano de
Souza, o Mineirinho, que hoje ocupa a vice-liderança no ranking do WCT.
O
Mahalo Surf Eco Festival aumentou a premiação esse ano para os mesmos 150 mil
dólares oferecidos na etapa de Santa Catarina e o status do evento subiu de
4-Star para QS 6000. Os 144 inscritos para competir na Bahia são praticamente
os mesmos que estarão no Red Nose Pro Florianópolis SC, com pequenas mudanças.
Uma delas é o cabeça de chave número 1, que na Ilha da Magia será o paulista
Alex Ribeiro e na Bahia o potiguar Jadson André, um dos tops da elite atual que
vai competir em Itacaré. Já o número de países representados é igual, 24, bem
como o de brasileiros, 41 no total contra 103 estrangeiros.
Esta
lista tem 21 australianos, dezessete norte-americanos, nove havaianos, nove
franceses, seis espanhóis, seis sul-africanos, cinco portugueses, cinco
japoneses, três da Costa Rica, três da Ilha Guadalupe, dois chilenos, dois
argentinos, dois peruanos, dois taitianos, dois neozelandeses, dois da Ilha da
Reunião e sete países terão um representante competindo na Bahia, o Uruguai,
Venezuela, Porto Rico, Itália, Marrocos, Indonésia e São Bartolomeu.
QS 10000 em Maresias - Depois
das últimas etapas do QS 6000, a "perna brasileira" de fim de ano da
WSL South America será encerrada na semana de 2 a 9 de novembro no QS 10000 de
São Paulo que estreou com grande sucesso no ano passado, lotando a Praia de
Maresias desde o primeiro dia do evento em São Sebastião. O campeonato é
realizado na praia do campeão mundial Gabriel Medina, mas quem brilhou foi
Filipe Toledo, que conquistou o título diante de uma multidão vibrando com os
seus aéreos em Maresias. Os organizadores devem anunciar ainda nesta semana os
novos patrocinadores que irão promover a última parada do WSL Qualifying Series
antes das duas etapas do QS 10000 que vão fechar a temporada no Havaí.
G-10
DO WSL QUALIFYING SERIES - após 28 etapas:
1º)
Kolohe Andino (EUA) - 27.660 pontos
2º)
Caio Ibelli (BRA) - 24.250
3º)
Jack Freestone (AUS) - 24.100
4º)
Alejo Muniz (BRA) - 23.450
5º)
Alex Ribeiro (BRA) - 20.950
6º)
Jeremy Flores (FRA) - 17.000 - top-22 do CT
7º)
Miguel Pupo (BRA) - 16.700 - top-22 do CT
7º)
Kanoa Igarashi (JPN) - 16.700
9º)
Filipe Toledo (BRA) - 16.500 - top-22 do CT
10) Ryan Callinan (AUS) - 15.750
11) Adam Melling (AUS) - 15.500
12) Maxime Huscenot (FRA) - 15.100
13) Joan Duru (FRA) - 14.980
-------próximos
sul-americanos até 100:
14)
Michael Rodrigues (BRA) - 14.450 pontos
23)
Wiggolly Dantas (BRA) - 13.200 - top-22 do CT
27)
Jessé Mendes (BRA) - 12.410
28)
Italo Ferreira (BRA) - 12.300
29)
Pedro Henrique (BRA-PRT) - 11.930
47)
Bino Lopes (BRA) - 9.300
48)
Santiago Muniz (ARG) - 8.550
49)
Hizunomê Bettero (BRA) - 8.290
51)
Deivid Silva (BRA) - 7.975
59)
David do Carmo (BRA) - 7.100
61)
Tomas Hermes (BRA) - 6.700
62)
Heitor Alves (BRA) - 6.570
67)
Miguel Tudela (PER) - 6.020
68)
Jadson André (BRA) - 6.000
70)
Marco Fernandez (BRA) - 5.850
73)
Thiago Camarão (BRA) - 5.660
76)
Ian Gouveia (BRA) - 5.540
80)
Luel Felipe (BRA) - 5.390
81)
Willian Cardoso (BRA) - 5.350
84)
Lucas Silveira (BRA) - 4.800
91) Robson Santos (BRA) - 4.280
93) Krystian Kymerson (BRA) - 4.150
99)
Marco Giorgi (URU) - 3.630
101)
Jean da Silva (BRA) - 3.600
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