Os
atletas da região mais pobre e com mais dificuldades de patrocínio terão que
investir mais para disputar o título de campeão Brasileiro. A competição
nacional mais rica do mundo terá duas etapas em São Paulo, uma em Santa Catarina,
outra no Rio de Janeiro e nenhuma no Nordeste.
Messias Felix. |
Fonte:
Oi Supersurf
Fotos:
Nilton Santos
A
história do Oi SuperSurf no circuito da Associação Brasileira de Surf
Profissional (ABRASP) volta a ser escrita na mesma Praia de Maresias, em São
Sebastião (SP), onde a competição que marcou época foi iniciada no ano 2000.
Serão 160 surfistas de 13 estados do país brigando pela vitória, que vale 6.000
pontos e praticamente definirá a liderança no ranking brasileiro, atualmente
ocupada pelo jovem paulista Deivid Silva. Ele é um dos pré-classificados da
terceira fase e terá que passar a bateria para não ser ultrapassado por 16 dos
32 principais cabeças de chave que só estreiam na quarta rodada. A primeira
chamada da quarta-feira está marcada para as 8h00 na praia mais badalada do
litoral norte paulista.
Gustavo Fernandes |
Todos
estão ansiosos pela volta do SuperSurf, que entre 2000 e 2009 promoveu o
circuito nacional mais rico do mundo, com uma nova elite disputando o título
brasileiro como no WCT do Circuito Mundial. O mesmo organizador do evento,
Evandro Abreu, agora na Casa da Árvore, vai realizar o Oi SuperSurf 2015 junto
com a Associação Brasileira de Surf Profissional e a Revista Hardcore, com
patrocínio da Oi e da marca Smolder de surfwear, participação especial de
Furnas e transmissão ao vivo pelo http://oisupersurf.com.br/
Serão
quatro etapas em grandes palcos do surfe brasileiro, começando por Maresias,
nesta semana em São Sebastião. A segunda também acontece no litoral norte de
São Paulo, na Praia Grande de Ubatuba, de 12 a 16 de agosto. A terceira será de
9 a 13 de setembro na Praia da Joaquina, em Florianópolis (SC). E a última nos
dias 7 a 11 de outubro na Praia de Itaúna, em Saquarema (RJ). No Oi SuperSurf
também terá festas e shows por onde passar, com a programação sendo divulgada
pelo site do evento.
Deivid Silva. Foto: Fabriciano Júnior |
Nessa
temporada, os resultados das etapas estaduais que formaram o ranking brasileiro
nos três últimos anos, continuam sendo computados e Deivid Silva lidera a
corrida do título somando os 1.000 pontos da vitória na abertura do Circuito
Catarinense na Praia da Joaquina, em Florianópolis, com os 555 do sétimo lugar
na primeira do Paulista nas mesmas ondas de Maresias. Ele é uma das forças da
nova geração que vai participar da estreia do Oi SuperSurf, foi campeão
sul-americano Pro Junior no ano passado e é um dos pré-classificados que entram
na terceira fase, com um mínimo de 512 pontos.
Jihad Kohdr. |
Mas,
Deivid Silva terá que passar essa sua primeira bateria para se manter na ponta,
senão será ultrapassado por metade dos 32 principais cabeças de chave na rodada
seguinte, antes mesmo deles estrearem no novo circuito da ABRASP, pois já
começam com 1.440 pontos garantidos no ranking. A lista é encabeçada por dois
campeões brasileiros, o paranaense Jihad Kohdr e o cearense Messias Felix, que
divide o terceiro lugar com Alex Ribeiro. Ela continua com mais sete paulistas,
Robson Santos (5.o), Flávio Nakagima (6.o), David do Carmo (13.o), Renato
Galvão (18.o), Thiago Guimarães (18.o), Odarci Nonato (21.o) e Luan Carvalho
(25.o), os baianos Marco Fernandez (8.o), Bruno Galini (18.o) e Alandreson
Martins (25.o), o catarinense Matheus Navarro (13.o), o paraibano Samuel Igo
(15.o) e o paranaense Caetano Vargas (21.o).
Renato Galvão. |
Busca pelo tri - Nesta
relação, estão dois dos três surfistas que podem igualar uma marca histórica da
ABRASP no Oi SuperSurf 2015. Desde a criação do Circuito Brasileiro em 1987,
apenas o paranaense Peterson Rosa conquistou o título nacional três vezes, em
1994, 1999 e em 2000, no primeiro ano do SuperSurf. O único que não está entre
os principais cabeças de chave é o carioca Leonardo Neves, bicampeão em 2002 e
2003, que vai estrear na segunda fase. Já o paulista Renato Galvão, número 1 em
2004 e 2007, entra só na quarta rodada, assim como o cearense Messias Felix,
que festejou o último título brasileiro do SuperSurf em 2009 e repetiu o feito
em 2012, no ranking formado pelos resultados das etapas estaduais.
"Com
certeza estava na hora do SuperSurf voltar. Eu e a Suelen Naraisa (SP) fomos os
últimos campeões, então está todo mundo na expectativa de competir de novo no
Circuito Brasileiro, sem ficar dependendo só dos circuitos regionais como nos
três últimos anos", disse Messias Felix. "O SuperSurf marcou a minha
carreira e de muitos surfistas também. Antes eu só corria o Circuito
Nordestino, mas quando entrei no SuperSurf ganhei destaque nacional. O primeiro
ano que eu competi foi em 2006 e lembro que fiquei emocionado com a estrutura
gigante do evento, com várias áreas para os atletas, imprensa, convidados,
então foi uma experiência muito boa e me sinto honrado de ter sido o último campeão
em 2009".
O catarinense Willian Cardoso. |
Realmente,
o Oi SuperSurf projetou a carreira de muitos surfistas, com alguns deles
chegando a alcançar a divisão de elite do Circuito Mundial, graças ao bom
desempenho no Circuito Brasileiro da época, como o bicampeão brasileiro
Leonardo Neves, por exemplo. O catarinense Willian Cardoso chegou bem perto de
entrar no WCT também algumas vezes e ressalta a importância de um Circuito
Brasileiro forte para valorizar as carreiras dos surfistas a nível nacional,
projetando-as para o cenário internacional. Ele detém o recorde no índice de
vitórias em baterias disputadas nos 10 anos de SuperSurf, com 68,3% de
aproveitamento, saindo do mar em primeiro lugar em 28 das 41 vezes que
competiu.
"Foi
uma época muito boa, porque você tinha certeza que ia pro campeonato e seria
bem pago pelo seu trabalho, tinha uma mídia forte por trás, além do privilégio
de competir com os melhores surfistas do país", destacou Willian Cardoso.
"As federações estaduais fizeram o máximo para manter viva a disputa do
título brasileiro nestes últimos anos, mas a gente precisava de um circuito
forte que possa estar elevando o nível do Brasil, como era nos tempos do
SuperSurf. Foi uma época de glória. A gente tinha premiações no mesmo nível das
etapas do Circuito Mundial, a estrutura também, tinha carro de bônus para os
campeões brasileiros, os patrocinadores acreditavam e você podia viver só do
SuperSurf, nem precisava correr o Mundial. Mas, lógico que a opção era de cada
um. Na real, muitos surfistas viviam superbem só no Brasil e o que a gente vê
hoje são muitos atletas sem patrocínio pela falta de eventos importantes,
desistindo da carreira, então que bom que vai voltar pra gente mostrar para as
próximas gerações que é possível viver do surfe no Brasil".
Nova elite em 2016 - O Oi
SuperSurf 2015 vai começar com muitos surfistas que apostam no sucesso do
retorno do evento que ficou marcado como o circuito nacional mais rico do mundo
entre 2000 e 2009, para prosseguirem na carreira profissional. A maioria dos 64
que vão disputar a primeira fase na quarta-feira em Maresias, nunca participou
do Circuito Brasileiro. A batalha principal de todos é terminar entre os 44
primeiros colocados no ranking final da ABRASP em 2015, pois este grupo deverá
formar a elite que vai disputar o título brasileiro no ano que vem, nos mesmos
moldes do WCT no Circuito Mundial.
A
previsão inicial era de 144 inscritos em cada etapa, mas a procura foi tão
grande que o limite foi estendido para 160 competidores. O número impressiona
porque chega perto dos 176 surfistas que disputaram baterias nos 10 anos de
história do SuperSurf. A maioria dos participantes na etapa de abertura em
Maresias é de São Paulo, 53 surfistas, seguido por Santa Catarina (31), Rio de
Janeiro (23), Ceará (15), Pernambuco (10), Bahia (8), Paraná (5), Espirito
Santo (4), Rio Grande do Sul (3), Rio Grande do Norte (3), Paraíba (3), Alagoas
(1) e Fernando de Noronha (1). Eles foram divididos em quatro fases de 16
baterias, sendo 64 na primeira, 32 na segunda, 32 na terceira e os 32
principais cabeças de chave mais bem posicionados no ranking brasileiro, só
entram na quarta rodada da competição.
A Oi e o esporte - A Oi
tem longo histórico de apoio ao esporte, com patrocínios a grandes eventos,
equipes e atletas. A Oi foi uma das patrocinadoras oficiais da Copa do Mundo da
FIFA Brasil 2014 e da Copa das Confederações da FIFA Brasil 2013, também
apostou no basquete patrocinando o NBA Global Games Rio 2014 e o torneio NBA 3X
com o Oi Galera, que tem como embaixador o campeão mundial Gabriel Medina. Neste
ano, já patrocinou os Jogos Cariocas de Verão e o Oi Bowl Jam de skate e o
incentivo da Oi a projetos esportivos, principalmente de esportes radicais e
urbanos, é um dos pilares de investimento de marketing da Oi. A companhia tem
grande expertise na participação, com patrocínio ou prestação de serviços de
telecomunicações em grandes competições realizadas no país, como o Oi Rio Pro,
etapa brasileira da World Surf League, e agora o Oi SuperSurf.
BATERIAS
DO SUPERSURF DE SÃO SEBASTIÃO:
PRIMEIRA
FASE - 3º=129º lugar (260 pontos) / 4º=145º lugar (160 pontos):
1ª)
Bruno Rodrigues (PE), Charlie Brown (CE), Flavio Costa (BA), Fabio Pereira (SP)
2ª)
Carlos Eduardo (SP), Guilherme Lopes (RJ), Paulo Andrade (PE), Ulisses Meira
(PB)
3ª)
Amani Valentim (PR), Jonas Tatuíra (SC), José Francisco (PB), Emerson Santos
(SP)
4ª)
Alan Jhones (RN), Junior Lagosta (PE), Gabriel Galdino (SC), Eduardo Amorim
(SC)
5ª)
Leandro Bastos (RJ), Wesley Leite (SP), Marinho Lima (RN), Kallebe Kymerson
(ES)
6ª)
Rodolfo Queiroz (RJ), Robson Gobbato (RS), Felipe Ximenes (SC), Nathan Brandi
(SP)
7ª)
Hugo Netto (RJ), Paulo Maia (SP), Patrick Tamberg (FN), Magno Pacheco (SP)
8ª)
José Eduardo Fernandes (RJ), Krystian Kymerson (ES), Mariano Arreyes (RJ),
Samuel Pupo (SP)
9ª)
Johnny Lacerda (SP), Eric de Souza (RJ), Gustavo Ribeiro (SP), Cleiton Felix
(SP)
10)
Icaro Lopes (CE), Netto Moura (SP), Thiago Barcellos (RJ), Danilo Costa (RN)
11)
Jeronimo Vargas (RJ), Costinha (SP), Bernardo Pigmeu (PE), Josias Pedrinha (RS)
12)
Michel Roque (CE), Rodrigo Farias (SC), Matheus Farias (RJ), Maicol Santos (SP)
13)
Marcus Cintra (CE), Phillipe Chagas (SP), Peterson Crisanto (PR), Jofrey Seibel
(SC)
14)
Felipe Alberto (SC), Edgard Groggia (SP), Pablo Paulino (CE), Eloin Travisani
(SC)
15)
Victor Ribas (RJ), Lucas Pazolini (ES), Halley Batista (PE), Adriano Camargo
(SP)
16)
Hugo Bitencourt (RJ), Adilton Mariano (CE), Giuliano Arreyes (RJ), Davio
Figueiredo (RJ)
SEGUNDA
FASE - Pré-classificados - 3º=97º lugar (408 pontos) / 113º lugar (312 pontos):
1ª)
André Luiz (SC) e Heitor Alves (CE)
2ª)
Gabriel Ferreira (SP) e Gustavo Fernandes (RJ)
3ª)
Wallace Junior (BA) e Felipe Oliveira (SP)
4ª)
Marcio Freitas (CE) e Marcelo Trekinho (RJ)
5ª)
Kadu Medeiros (SP) e Bruno Moraes (SC)
6ª)
Kaique Oliveira (SC) e Yage Araujo (BA)
7ª)
Gilmar Silva (SP) e Pedro Norberto (SC)
8ª)
Pedro Neves (RJ) e Arno Anheli (SP)
9ª)
André Gonçalves (SC) e Icaro Rodrigues (SP)
10)
Arthur Souza (CE) e Maxsswell Ribeiro (SP)
11)
Douglas Silva (PE) e Gabriel Adisaka (SP)
12)
Duda Carneiro (CE) e Itim Silva (CE)
13)
Geovane Ferreira (SP) e Raoni Monteiro (RJ)
14)
Anselmo Correia (RJ) e Leonardo Neves (RJ)
15)
Alan Marcos (SC) e Jonatan Busetti (SC)
16)
Gustavo Sanches (SP) e Jean da Silva (SC)
TERCEIRA
FASE - Pré-classificados - 3º=65º lugar (960 pontos) / 4º=81º lugar (512
pontos):
1ª)
Deivid Silva (SP) e Juliano Uzuelli (SP)
2ª)
Julio Terres (SC) e Tânio Barreto (AL)
3ª)
Cauê Wood (SC) e Rafael Teixeira (ES)
4ª)
Victor Valentim (PR) e Felipe Alves (CE)
5ª)
David Silva Filhão (SP) e Leandro Cruz (SP)
6ª)
Alessandro Puga (PR) e Artur Silva (CE)
7ª)
Dodô Veiga (SP) e André Moi (SC)
8ª)
Hizunomê Bettero (SP) e Cezar Aguiar (PE)
9ª)
Paulo Moura (PE) e Frank Cordeiro (PE)
10)
Lucas Santos (SP) e Eduardo Barrionuevo (SP)
11)
Tomas Hermes (SC) e Marco Aurélio (SP)
12)
Saulo Junior (SP) e Leo Andrade (BA)
13)
Lucas Silveira (RJ) e Alon Campestrini (SC)
14)
Ian Gouveia (PE) e Igor Morais (RJ)
15)
Simão Romão (RJ) e Edher Reis (SP)
16)
Thiago Camarão (SP) e Yan Daberkow (SC)
QUARTA
FASE - Cabeças de Chave - 3º=33º lugar (1.920 pontos) / 4º=49º lugar (1.440
pontos):
1ª)
Jihad Khodr (PR) e Tamaê Bettero (SP)
2ª)
Alandreson Martins (BA) e Caetano Vargas (PR)
3ª)
Thiago Guimarães (SP) e Dunga Neto (CE)
4ª)
Renato Galvão (SP) e Alex Lima (SC)
5ª)
Messias Felix (CE) e Ricardo Ferreira (SP)
6ª)
Samuel Igo (PB) e Sidney Guimarães (SP)
7ª)
Luan Carvalho (SP) e Luciano Brulher (SP)
8ª)
David do Carmo (SP) e Cainã Barletta (SC)
9ª)
Robson Santos (SP) e Diego Rosa (SC)
10)
Matheus Navarro (SC) e Artur Aguiar (SP)
11)
Bruno Galini (BA) e Willian Cardoso (SC)
12)
Flavio Nakagima (SP) e Gustavo Bertotto (RS)
13)
Marco Fernandez (BA) e Douglas Noronha (SP)
14)
Bino Lopes (BA) e Ygor Arakaki (SC)
15)
Odarci Teco Nonato (SP) e Odirlei Coutinho (SP)
16)
Alex Ribeiro (SP) e Rodrigo Wazlawick (SC)
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