Gabriel Medina tirou a primeira nota 10 do
ano nos tubos de Cloudbreak e vai fazer um duelo de campeões mundiais com
Adriano de Souza e Wiggolly Dantas encara a fera Kelly Slater na bateria
seguinte.
Colaboração de texto:
João Carvalho/©WSL
Colaboração de foto: Sloane/Cestari/©WSL
Em mais um dia de mar clássico com ondas
de 6-8 pés em Cloudbreak, três brasileiros passaram para as quartas de final
que vão abrir o último dia do Fiji Pro. A quinta-feira já começou com Gabriel
Medina surfando dois tubos perfeitos numa onda incrível para ganhar a primeira
nota 10 unânime dos cinco juízes logo na primeira bateria. Medina também vai
abrir o último dia, num duelo de campeões mundiais com Adriano de Souza valendo
a primeira vaga nas semifinais. E Wiggolly Dantas disputa a segunda com Kelly
Slater, que tirou o segundo 10 do ano em Fiji contra ele próprio e o
Mineirinho, no segundo confronto do dia. As previsões indicam ondas maiores e
condições perfeitas para definir o campeão na manhã da sexta-feira em
Cloudbreak. As quartas de final devem ser iniciadas as 7h00 em Fiji, 16h00 pelo
fuso de Brasília, ao vivo pelo www.worldsurfleague.com.
Kelly Slater. |
"Estou amarradão por conseguir a nota
10. As ondas estão incríveis", disse Gabriel Medina. "Eu acho que é o
melhor Cloudbreak que eu já surfei. Só que todo mundo tem ondas boas e ondas
mais fracas na bateria e dessa vez eu precisei de uma fraca para poder vencer.
E eu tentei fazer o meu melhor nessa onda, tudo que ela permitiu. Certamente,
foi o melhor 4 da minha vida".
Adriano de Souza. |
Mick Fanning. |
Jeep
WSL Leader - E para fechar a primeira rodada
classificatória para as quartas de final, Cloudbreak ficou clássico e os três
competidores puderam surfar altos tubos. Os dois surfistas que brigavam pela
liderança do ranking estavam na bateria e eles centralizaram a disputa. O
havaiano John John Florence foi quem completou o melhor tubo e precisava vencer
para continuar com chance de tirar a lycra amarela do Jeep WSL Leader de Matt
Wilkinson. John John tirou a maior nota - 9,33 - da bateria, mas o australiano
também surfou um tubaço na última onda para ganhar 8,83 e garantir a vitória
por uma pequena diferença de 16,56 a 16,43 pontos. O também australiano Adrian
Buchan ficou em terceiro com 15,16.
Matt Wilkinson. |
Wilko nunca passou tantas baterias desde
quando Fiji voltou ao calendário do Samsung Galaxy World Surf League
Championship Tour em 2012. E em todos esses anos, ele só tinha vencido uma em
2013, mas perdeu na terceira fase e ficou em 13º lugar. Nas outras quatro
participações, amargou o 25º e último lugar. Mas, essa temporada está sendo
especial em tudo para o australiano, que entrou na elite em 2010 e só agora,
aos 27 anos de idade, vem conseguindo feitos inéditos na carreira. Começou com
suas primeiras vitórias em etapas do CT na Gold Coast e em Bells Beach, não
largando mais a lycra amarela do Jeep WSL Leader, desde que recebeu do campeão
mundial Adriano de Souza.
Jadson André. |
John John Florence. |
Wiggolly Dantas. |
"Essa bateria com o Dusty (Payne) foi
complicada, porque eu estava com muita expectativa de que as ondas iam
bombar", disse Adriano de Souza. "Mas, quando estávamos lá fora, eu
fiquei esperando um tempo pelas ondas e aí percebi que estava numa bateria e
não num freesurf, que precisava conseguir alguns pontos. Só sei que estou muito
feliz em estar aqui, surfando esses tubos incríveis e estou muito ansioso já
para amanhã (sexta-feira), porque já ouvi dizer que vai estar até maior do que
isso".
Depois de Adriano de Souza abrir a quinta
fase, entrou Wiggolly Dantas com o outro surfista derrotado por Gabriel Medina
na primeira bateria do dia. E o brasileiro conseguiu achar bons tubos para
ganhar fácil do taitiano Michel Bourez, que chegou a cometer uma interferência
no final, indo numa onda que a prioridade de escolha era do ubatubense. Com a
penalidade, Bourez só computou uma nota e a maior que ele tinha era 3,77,
contra 14,27 das duas melhores de Wiggolly Dantas, que vai voltar a encarar a
fera Kelly Slater nas quartas de final.
"Infelizmente, não deu muitas ondas
boas na bateria", disse Wiggolly Dantas. "Quando eu vi que o Michel
(Bourez) pegou uma que parecia ser boa no final, eu tive que ir nela porque a
prioridade era minha. É difícil você bloquear um amigo como ele é para mim, mas
era o que eu tinha que fazer e estou feliz por ter passado para a próxima fase.
Minhas pranchas estão boas, estou me sentindo bem e vamos ver como vai estar o
mar amanhã (sexta-feira). Pelo que já sei, vai ter altas ondas".
Mais informações, vídeos das baterias,
fotos e todos os resultados do Fiji Pro podem ser acessados no www.worldsurfleague.com
que também está transmitindo ao vivo o quinto desafio dos melhores surfistas do
mundo no Samsung Galaxy World Surf League Championship Tour. A primeira chamada
para as quartas de final será mais cedo na sexta-feira, as 6h30 para um provável
início as 7h00 em Fiji, 16h00 da quinta-feira pelo fuso horário de Brasília.
QUARTAS DE FINAL DO FIJI PRO - 5º lugar
com 5.200 pontos e US$ 16.500 de prêmio:
1ª) Gabriel Medina (BRA) x Adriano de
Souza (BRA)
2ª)
Kelly Slater (EUA) x Wiggolly Dantas (BRA)
3ª)
Mick Fanning (AUS) x Adrian Buchan (AUS)
4ª)
Matt Wilkinson (AUS) x John John Florence (HAV)
QUINTA FASE - Vitória=Quartas de Final /
Derrota=9º lugar com 4.000 pontos e US$ 12.750:
1ª) Adriano de Souza (BRA) 11.34 x 10.37
Dusty Payne (HAV)
2ª)
Wiggolly Dantas (BRA) 14.27 x 3.77 Michel Bourez (TAH)
3ª)
Adrian Buchan (AUS) 15.67 x 10.66 Josh Kerr (AUS)
4ª)
John John Florence (HAV) 17.00 x 10.17 Jadson André (BRA)
QUARTA FASE CLASSIFICATÓRIA -
Vitória=Quartas de Final / 2º e 3º=Quinta Fase:
1ª)
1-Gabriel Medina (BRA)=14.60, 2-Dusty Payne (HAV)=11.16, 3-Michel Bourez (TAH)=10.23
2ª) 1-Kelly Slater (EUA)=19.77, 2-Wiggolly
Dantas (BRA)=13.34, 3-Adriano de Souza (BRA)=11.60
3ª)
1-Mick Fanning (AUS)=18.07, 2-Josh Kerr (AUS)=15.07, 3-Jadson André (BRA)=13.43
4ª)
1-Matt Wilkinson (AUS)=16.56, 2-John John Florence (HAV)=16.43, 3-Adrian Buchan
(AUS)=15.16
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