A
volta do evento que promoveu o circuito nacional mais rico do mundo entre 2000
e 2009 será na mesma Praia de Maresias, em São Sebastião, onde foi inaugurada a
década de ouro do surfe brasileiro.
Marcelo Trekinho. |
A
contagem regressiva para a reestreia do Oi SuperSurf chega ao fim nessa semana,
com a primeira das quatro etapas começando nesta quarta-feira, em São
Sebastião, litoral norte de São Paulo. A expectativa pela volta do evento que
durante uma década promoveu o circuito nacional mais rico do mundo (de 2000 a
2009) era grande e o limite de participantes precisou ser estendido de 144 para
160 surfistas. Competidores de treze estados do país estarão se digladiando nos
confrontos de gerações entre grandes estrelas do passado, do presente e do
futuro do surfe brasileiro, na mesma Praia de Maresias onde foi inaugurado o
SuperSurf no ano 2000 com vitória do ícone Fábio Gouveia.
Fabinho
já não compete mais, mas será representado pelo seu filho, Ian Gouveia. A maioria
dos 160 inscritos é de São Paulo, 53. O segundo maior pelotão estadual é de
Santa Catarina, com 31 surfistas, seguido pelo Rio de Janeiro (24), Ceará (15),
Pernambuco (10), Bahia (8), Paraná (5), Espirito Santo (4), Rio Grande do Sul
(3), Rio Grande do Norte (3), Paraíba (2), Alagoas (1) e Fernando de Noronha
(1). Eles foram divididos em quatro fases de dezesseis baterias, sendo 64 na
primeira, 32 na segunda, 32 na terceira e os 32 principais cabeças de chave só
entram na quarta rodada do Oi SuperSurf.
O ex-top do WCT, Victor Ribas. |
Os
confrontos de gerações já começam desde a primeira fase, com ex-tops do WCT,
como Victor Ribas, Danilo Costa e Bernardo Pigmeu, por exemplo, enfrentando
quem está iniciando na carreira de surfista profissional. Entre os inscritos
nesta primeira etapa, apenas 47 já vestiram a lycra de competição do SuperSurf
na década de ouro do Circuito Brasileiro e dez deles competiram em Maresias no
ano 2000, como o potiguar Danilo Costa, o alagoano Tânio Barreto, que foi
campeão brasileiro em 2001, os paulistas Odirlei Coutinho e Costinha, os
cariocas Raoni Monteiro, Marcelo Trekinho e Anselmo Correia, o cearense Dunga
Neto, o pernambucano Paulo Moura e o catarinense Rodrigo Wazlawick.
Recordistas - Desta
lista, destaque para dois recordistas da história do SuperSurf no Circuito
Brasileiro. Marcelo Trekinho foi o único a receber três notas 10 e todas nos
tubos de Maresias, quando venceu esta etapa em 2002. E Odirlei Coutinho foi
quem mais disputou baterias, 153 nas 53 etapas realizadas de 2000 a 2009.
Trekinho não disputou mais o Circuito Brasileiro depois do fim do SuperSurf e
estreará na primeira fase. Já o ubatubense continua na ativa e é um dos 32
principais cabeças de chave que só entram na quarta fase, a um passo da
premiação em dinheiro que começa a ser distribuída na quinta rodada da
competição.
Renato Galvão. |
"Foi
a melhor época do surfe brasileiro, foram 10 anos de glória para vários
surfistas que tiveram a chance de competir num circuito tão forte, com grande
mídia, era o melhor circuito nacional do mundo, então precisava voltar neste
momento tão difícil do circuito brasileiro nos últimos anos", disse
Odirlei Coutinho. "Eu tive o privilégio de competir desde o início, nunca
sai da elite, então enfrentei vários caras durante todos esses anos, como o
Neco Padaratz, Mineirinho (Adriano de Souza), Renato Galvão, Tadeu Pereira,
Joca Júnior, Jojó de Olivença, etc.., toda a galera nova, várias gerações, era
demais. O Brasil estava precisando de um gás novo e o surfe brasileiro vai
ganhar muito com a volta do SuperSurf".
O paranaense Jihad Kohdr. |
Nove campeões brasileiros - Odirlei
ainda é o recordista de vitórias em baterias (94) e outro ubatubense também fez
história no SuperSurf, Renato Galvão. Ele faturou os títulos brasileiros de
2004 e 2007 e foi quem mais ganhou etapas, cinco, colecionando três carros zero
Km de prêmio extra como outro bicampeão brasileiro em 2002 e 2003, o carioca
Leonardo Neves. Além deles, mais sete participantes do Oi SuperSurf já
escreveram seus nomes na "Galeria de Campeões" da Associação
Brasileira de Surf Profissional (ABRASP): o cabo-friense Victor Ribas (1997), o
paranaense Jihad Kohdr (2006), o carioca Gustavo Fernandes (2008), o cearense
Messias Felix (2009 e 2012), os catarinenses Jean da Silva (2010) e Tomas
Hermes (2011) e o paulista David do Carmo (2013).
"Foi
um momento mágico do circuito brasileiro, quando a galera podia viver bem do
surfe, todo mundo podia construir sua vida ali e Graças a Deus eu aproveitei a
oportunidade nos sete anos que fiz parte da elite", disse Renato Galvão.
"Foi o SuperSurf que projetou a minha carreira, me deu a chance de
conseguir bons patrocinadores. Eu pude correr o Circuito Mundial com os
destaques que fui tendo no Circuito Brasileiro. Essa é a importância de termos
um Circuito Brasileiro forte. Estes três últimos anos foi bem difícil pra
galera que vive no Brasil, não tivemos Circuito Brasileiro, muita gente
desistiu, parou, a galera que continuou vários estão sem patrocínio. Acho que
um circuito forte, com mídia como era antes, vai ser bom também pras marcas
nacionais voltarem a investir nos atletas".
O carioca Leonardo Neves. |
Tops mundiais - Além
dos campeões brasileiros, a nova geração também terá que encarar surfistas que
já fizeram parte do seleto grupo dos melhores do mundo que disputam o WCT, como
Victor Ribas, que até o título de Gabriel Medina no ano passado era quem tinha
conseguido a melhor posição no ranking mundial, terceiro lugar. O carioca Raoni
Monteiro era da elite até o ano passado e os outros que também defenderam o
país na divisão principal do esporte são o cearense Heitor Alves, o carioca Leonardo
Neves, o paranaense Jihad Kohdr, o potiguar Danilo Costa e os pernambucanos
Paulo Moura e Bernardo Pigmeu. Todos eles estarão se apresentando durante esta
semana no Oi SuperSurf de São Sebastião.
Ranking 2015 - Dos
160 inscritos para a etapa de abertura na Praia de Maresias, 95 não
participaram das duas provas estaduais de Santa Catarina e São Paulo que
abriram o ranking 2015 da Associação Brasileira de Surf Profissional (ABRASP).
O líder é o jovem paulista Deivid Silva, que no ano passado conquistou o título
sul-americano Pro Junior, com 1.555 pontos, seguido de perto pelo experiente
Jihad Kohdr com 1.310. Em terceiro estão o cearense Messias Felix e o paulista
Alex Ribeiro empatados com 1.180 e Robson Santos é o quinto com 1.070. No
entanto, o resultado do Oi SuperSurf pode mudar completamente a classificação,
pois os principais cabeças de chave já estrearão na quarta fase com 1.440
pontos garantidos e o campeão que será conhecido no domingo recebe 6.000
pontos.
O paulista Odirlei Coutinho. |
O
Oi SuperSurf será realizado com patrocínio da Oi através da Lei de Incentivo ao
Esporte e da marca Smolder de surfwear, pela Associação Brasileira de Surf
Profissional em conjunto com a Revista Hardcore e produção da Casa da Árvore. O
evento será transmitido ao vivo na internet pelo http://oisupersurf.com.br/ e
as outras etapas serão na Praia Grande de Ubatuba (SP) nos dias 12 a 16 de
agosto, Praia da Joaquina em Florianópolis (SC) de 09 a 13 de setembro e Praia
de Itaúna em Saquarema (RJ) de 14 a 18 de outubro.
A Oi e o Esporte - A Oi
tem longo histórico de apoio ao esporte, com patrocínios a grandes eventos,
equipes e atletas. A Oi foi uma das patrocinadoras oficiais da Copa do Mundo da
FIFA Brasil 2014 e da Copa das Confederações da FIFA Brasil 2013, também
apostou no basquete patrocinando o NBA Global Games Rio 2014 e o torneio NBA 3X
com o Oi Galera, que tem como embaixador o campeão mundial Gabriel Medina.
Neste ano, já patrocinou os Jogos Cariocas de Verão e o Oi Bowl Jam de skate e
o incentivo da Oi a projetos esportivos, principalmente de esportes radicais e
urbanos, é um dos pilares de investimento de marketing da Oi. A companhia tem
grande expertise na participação, com patrocínio ou prestação de serviços de
telecomunicações em grandes competições realizadas no país, como o Oi Rio Pro,
etapa brasileira da World Surf League, e agora o Oi SuperSurf.
BATERIAS
DO SUPERSURF DE SÃO SEBASTIÃO:
PRIMEIRA
FASE - 3º=129º lugar (260 pontos) / 4º=145º lugar (160 pontos):
1ª)
Bruno Rodrigues (PE), Charlie Brown (CE), Flavio Costa (BA), Fabio Pereira (SP)
2ª)
Carlos Eduardo (SP), Guilherme Lopes (RJ), Paulo Andrade (PE), Ulisses Meira
(PB)
3ª)
Amani Valentim (PR), Jonas Tatuíra (SC), José Francisco Fininho (RJ), Emerson
Santos (SP)
4ª)
Alan Jhones (RN), Junior Lagosta (PE), Gabriel Galdino (SC), Eduardo Amorim
(SC)
5ª)
Leandro Bastos (RJ), Wesley Leite (SP), Marinho Lima (RN), Kallebe Kymerson
(ES)
6ª)
Rodolfo Queiroz (RJ), Robson Gobbato (RS), Felipe Ximenes (SC), Nathan Brandi
(SP)
7ª)
Hugo Netto (RJ), Paulo Maia (SP), Patrick Tamberg (FN), Magno Pacheco (SP)
8ª)
José Eduardo Fernandes (RJ), Krystian Kymerson (ES), Mariano Arreyes (RJ),
Samuel Pupo (SP)
9ª)
Johnny Lacerda (SP), Eric de Souza (RJ), Gustavo Ribeiro (SP), Cleiton Felix (SP)
10)
Icaro Lopes (CE), Netto Moura (SP), Thiago Barcellos (RJ), Danilo Costa (RN)
11)
Jeronimo Vargas (RJ), Costinha (SP), Bernardo Pigmeu (PE), Josias Pedrinha (RS)
12)
Michel Roque (CE), Rodrigo Farias (SC), Matheus Farias (RJ), Maicol Santos (SP)
13)
Marcus Cintra (CE), Phillipe Chagas (SP), Peterson Crisanto (PR), Jofrey Seibel
(SC)
14)
Felipe Alberto (SC), Edgard Groggia (SP), Pablo Paulino (CE), Eloin Travisani
(SC)
15)
Victor Ribas (RJ), Lucas Pazolini (ES), Halley Batista (PE), Adriano Camargo (SP)
16)
Hugo Bitencourt (RJ), Adilton Mariano (CE), Giuliano Arreyes (RJ), Davio
Figueiredo (RJ)
SEGUNDA
FASE - Pré-classificados - 3º=97º lugar (408 pontos) / 113º lugar (312 pontos):
1ª)
André Luiz (SC) e Heitor Alves (CE)
2ª)
Gabriel Ferreira (SP) e Gustavo Fernandes (RJ)
3ª)
Wallace Junior (BA) e Felipe Oliveira (SP)
4ª)
Marcio Freitas (CE) e Marcelo Trekinho (RJ)
5ª)
Kadu Medeiros (SP) e Bruno Moraes (SC)
6ª)
Kaique Oliveira (SC) e Yage Araujo (BA)
7ª)
Gilmar Silva (SP) e Pedro Norberto (SC)
8ª)
Pedro Neves (RJ) e Arno Anheli (SP)
9ª)
André Gonçalves (SC) e Icaro Rodrigues (SP)
10)
Arthur Souza (CE) e Maxsswell Ribeiro (SP)
11)
Douglas Silva (PE) e Gabriel Adisaka (SP)
12)
Duda Carneiro (CE) e Itim Silva (CE)
13)
Geovane Ferreira (SP) e Raoni Monteiro (RJ)
14)
Anselmo Correia (RJ) e Leonardo Neves (RJ)
15)
Alan Marcos (SC) e Jonatan Busetti (SC)
16)
Gustavo Sanches (SP) e Jean da Silva (SC)
TERCEIRA
FASE - Pré-classificados - 3º=65º lugar (960 pontos) / 4º=81º lugar (512
pontos):
1ª)
Deivid Silva (SP) e Juliano Uzuelli (SP)
2ª)
Julio Terres (SC) e Tânio Barreto (AL)
3ª)
Cauê Wood (SC) e Rafael Teixeira (ES)
4ª)
Victor Valentim (PR) e Felipe Alves (CE)
5ª)
David Silva Filhão (SP) e Leandro Cruz (SP)
6ª)
Alessandro Puga (PR) e Artur Silva (CE)
7ª)
Dodô Veiga (SP) e André Moi (SC)
8ª)
Hizunomê Bettero (SP) e Cezar Aguiar (PE)
9ª)
Paulo Moura (PE) e Frank Cordeiro (PE)
10)
Lucas Santos (SP) e Eduardo Barrionuevo (SP)
11)
Tomas Hermes (SC) e Marco Aurélio (SP)
12)
Saulo Junior (SP) e Leo Andrade (BA)
13)
Lucas Silveira (RJ) e Alon Campestrini (SC)
14)
Ian Gouveia (PE) e Igor Morais (RJ)
15)
Simão Romão (RJ) e Edher Reis (SP)
16)
Thiago Camarão (SP) e Yan Daberkow (SC)
QUARTA
FASE - Cabeças de Chave - 3º=33º lugar (1.920 pontos) / 4º=49º lugar (1.440
pontos):
1ª)
Jihad Khodr (PR) e Tamaê Bettero (SP)
2ª)
Alandreson Martins (BA) e Caetano Vargas (PR)
3ª)
Thiago Guimarães (SP) e Dunga Neto (CE)
4ª)
Renato Galvão (SP) e Alex Lima (SC)
5ª)
Messias Felix (CE) e Ricardo Ferreira (SP)
6ª)
Samuel Igo (PB) e Sidney Guimarães (SP)
7ª)
Luan Carvalho (SP) e Luciano Brulher (SP)
8ª)
David do Carmo (SP) e Cainã Barletta (SC)
9ª)
Robson Santos (SP) e Diego Rosa (SC)
10)
Matheus Navarro (SC) e Artur Aguiar (SP)
11)
Bruno Galini (BA) e Willian Cardoso (SC)
12)
Flavio Nakagima (SP) e Gustavo Bertotto (RS)
13)
Marco Fernandez (BA) e Douglas Noronha (SP)
14)
Bino Lopes (BA) e Ygor Arakaki (SC)
15)
Odarci Teco Nonato (SP) e Odirlei Coutinho (SP)
16)
Alex Ribeiro (SP) e Rodrigo Wazlawick (SC)
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