James
Rodríguez está habituado a usar a cabeça: bem levantada para olhar os
companheiros, dar assistências ou chutar a gol com o seu temível pé esquerdo.
Mas, nesta quarta-feira, o armador da Colômbia foi mais, muito mais, do que
isso no jogo com a Costa do Marfim.
Marcou
um belo, e quase inédito, gol de cabeça para abrir o placar e ainda mostrou
dotes de volante na jogada que resultou no segundo dos cafeteros.
Para
quem faz tão poucos gols dessa forma, James escolheu uma ocasião das mais
importantes para resolver escorar um cruzamento pelo alto. “Sim, já marquei
alguns gols de cabeça. Não muitos, talvez uns três ou quatro em toda a minha
carreira. Mas, claro, este foi o mais importante e o que me deixou mais feliz”,
garantiu, ao FIFA.com, James, que fez questão de mostrar essa felicidade com um
dança na comemoração, que contagiou toda a seleção colombiana.
E
se não é muito habitual ver o meia marcar de cabeça, ainda menos é consegui-lo
perante a marcação de um defensor como Didier Zokora e de ninguém menos do que
Didier Drogba, que tinha descido à zaga para ajudar, mas também foi batido por
James.
“Não! Era ele (Drogba) que estava me
marcando?”, questiona, surpreendido, James. “Bem, ainda fico mais feliz por
isso (risos). Feliz por marcar, feliz por ajudar ao triunfo da equipe”, realça
o atleta, pronto para fazer de tudo pela Colômbia, nem que seja dar carrinho,
como fez para o desarme do qual nasceu o segundo gol dos cafeteros. “Só quero
ajudar e, se tiver de fazer um carrinho, estou lá para isso também. Quero
marcar, quero assistir, quero desarmar. Faço tudo por esta equipe”.
Eleito
o melhor no gramado pelo segundo jogo consecutivo, e depois de também ter
marcado contra a Grécia, o meia do Mônaco dificilmente podia ter imaginado um
início melhor de Copa do Mundo da FIFA. Afinal, a Colômbia está quase nas
oitavas de final, conseguiu, pela primeira vez, vencer dois jogos seguidos num
Mundial e tem encantado as arquibancadas dos estádios brasileiros tal como
James, também a torcida faz tudo pela Colômbia. Esta quinta-feira, os
colombianos encheram, praticamente sozinhos, o Estádio Mané Garrincha, em
Brasília - tal como já haviam feito na primeira rodada, em Belo Horizonte.
“É
Incrível. Ter este apoio extraordinário nos dá uma força extra durante os jogos.
Estamos no Brasil, mas é como se jogássemos sempre em casa. Com uma torcida
assim, podemos chegar longe”, admite James.
Quão
longe ninguém sabe, mas uma coisa é certa: mesmo sem o lesionado Falcao, a
Colômbia tem brilhado e usado bem a cabeça neste Mundial. Até mesmo de onde
menos se espera.
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