Foto:
Gabriela Simões
Apoio
Cultural: SOS Materiais Hospitalares
A
solução está a caminho. Ou pelo menos, metade da solução. Em 30 de Abril de
2010, o então Governador, Jaques Vagner assinou um contrato que garantia a
construção do Sistema de Esgotamento Sanitário (SES) de Lauro de Freitas, obra orçada
em R$ 170 milhões e que iria solucionar, definitivamente, o problema da falta de
saneamento nos bairros do centro e da periferia da cidade.
O
novo sistema seria integrado ao Sistema de Disposição Oceânica do Jaguaribe
(Emissário Submarino da Boca do Rio), por meio da construção do Interceptor da
Paralela, beneficiando cerca de 469 mil pessoas de Lauro de Freitas e entorno.
A outra metade do problema seria resolvido pela população que teria que ligar
os esgotos das suas casas ao SES, do Governo do Estado.
Segundo
informações apuradas nos sites da Embasa e da Conder, a obra atrasou, no
início, devido à diversos adendos que a construtora queria incluir, elevando o
custo inicial do projeto na justiça, mas, atualmente, esta andando num bom
ritmo, apesar de ainda não ter prazo para a conclusão. Devido aos problemas na
justiça, a obra demorou para começar e o Governo teve que fazer outra licitação em 2013 para o seu início.
População finge que o problema
é só do Governo
Os rios como solução para esgotamento sanitário. |
Como
as pessoas não podem esperar que o Governo do Estado se acerte com as
construtoras, para fazer as suas necessidades fisiológicas, uma questão
surgiu: Para onde canalizar todo o
esgotamento sanitário da Região Metropolitana de Lauro de Freitas, uma das
populações urbanas que mais crescem no Estado e que deve crescer ainda mais
quando o Metrô chegar.
Naturalmente,
a população enxergou o manancial hídrico da região, formado principalmente,
pelos Rios Ipitanga e Sapato e a Lagoa da Base, entre outros, como a solução mais fácil para o seu
esgotamento sanitário. Se posso canalizar para o rio e para a lagoa, porque vou gastar
dinheiro com uma fossa? Ainda mais, o Governo tem um projeto que vai canalizar
todo o esgotamento sanitário para o emissário de Salvador.
Como
uma bomba relógio que tem previsão de explodir no próximo período das chuvas, a
maioria da população de Lauro de Freitas faz de conta que o problema não é
dela. O problema é do Governo. Enquanto isto, o esgotamento sanitário de boa
parte da população se acumula em um local que um dia foi uma lagoa, a Lagoa da
Base.
A
Lagoa da Base Aérea de Salvador. Quando o próximo período de chuvas chegar, todo
o esgoto acumulado na Lagoa da Base vai inundar a própria Base Aérea de
Salvador e a região entorno do Aeroporto Internacional Luiz Eduardo Magalhães.
A Lagoa da Base pra baixo do
tapete
Como
a população finge que o problema de esgotamento sanitário não é dela, para
solucionar, a Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (CONDER) aprovou
uma obra, nas áreas de entorno do rio Sapato e da Lagoa da Base, que vai
resolver apenas os problemas do Governo do Estado: os alagamentos no próximo
período das chuvas.
As
intervenções consistem na reversão da drenagem da Lagoa da Base e da Rua da Irmandade
para o Rio Sapato, que será desassoreado, além da implantação da nova rede de
drenagem. Com recursos para fazer drenagem de água da chuva, a Conder quer
reverter todo o esgoto sanitário acumulado na Lagoa da Base para o Rio Sapato,
que deságua no Rio Joanes que, por sua vez, deságua entre as praias de
Buraquinho e Vilas do Atlântico.
Link para assinar Petição Pública.
O empresário César Paladine. |
A
iniciativa tem o objetivo de chamar a população
e frequentadores para a discussão do problema. "É uma ação que se propões
a chamar atenção para a comunidade que frequenta as praias, daqui de Lauro de
Freitas, que esta situação tem que ser debatida, dialogada com os moradores e o
poder público tem que promover este processo de diálogo, para a gente encontrar
as melhores formas", acredita o morador local e Biólogo, Rodrigo Pacheco.
Nenhum comentário: