O
FBI (a Polícia Federal dos Estados Unidos) comandou uma operação surpresa na
Suíça na manhã da quarta-feira, 27 de maio, em Zurique, com mandados de prisão
para 14 dirigentes da Fifa, entre eles José Maria Marin, ex-presidente da CBF.
Joseph Blatter, presidente da Fifa. |
Colaboração
de texto: Bomfim Brown/Blog do Brown
Não
se trata só de uma operação isolada. A ação é resultado de uma investigação
permitida pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos e executado pelo FBI.
Só que é mais do que isso. Paralelamente, o Departamento de Justiça da Suíça
está investigando a Fifa por corrupção e lavagem de dinheiro e, também por
isso, uniu forças com os Estados Unidos nesta operação.
Segundo
o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, as investigações vão desde 1991,
o que inclui também a gestão de João Havelange na Fifa – que a presidiu até
1998, quando Blatter assumiu a presidência e lá está desde então. Envolve
também Ricardo Teixeira, que acabou indo para as sombras exatamente por causa
da justiça suíça, que o obrigou a devolver dinheiro de suborno em 2012.
José Maria Marin, ex-presidente da CBF, tá preso. |
Tudo
começou por causa do Catar. A escolha do país como sede da Copa do Mundo de
2022 gerou muitas perguntas sem resposta, suspeitas de corrupção que só
cresceram com o tempo e a operação abafa que a entidade parece ter feito para
inocentar os seus dirigentes. Só não conseguiram sucesso porque, àquela altura,
o FBI já estava envolvido em investigações. Os Estados Unidos eram fortes
candidatos a receberem a Copa de 2022 e a derrota acabou levantando suspeitas
de corrupção e, assim, envolveram as autoridades americanas.
Um detalhe curioso: Bill Clinton era o presidente de honra da candidatura dos Estados Unidos. Depois da decisão que deu ao Catar a Copa do Mundo de 2022, Clinton se dirigiu ao hotel e as recepcionistas contaram que ele parecia muito irritado. Mas era muito mais do que isso. Chegando ao seu quarto, ele pegou um objeto da decoração e atirou contra o espelho, fazendo pedaços. O ex-presidente americano não acreditava que os Estados Unidos tinham perdido a disputa para sediar a Copa para o Catar. “Ele estava furioso”, disse uma fonte ao jornal inglês Telegraph, sobre a reação dele à derrota na disputa. “Ele se sentiu humilhado e não acreditava na decisão”, disse a fonte ao Telegraph. Confira
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