Os
brasileiros decidiram os títulos das quatro primeiras etapas do ano e Filipe
festejou sua segunda vitória como Courtney Conlogue no inédito título dos
Estados Unidos no Rio de Janeiro.
O paulista Filipe Toledo levou a torcida ao delírio. |
Colaboração
de texto: Adriana Castelo Branco/Mariana Mello/João Carvalho/ASP South America
Colaboração
de foto: Daniel Smorigo/Kelly Cestari/ Salem/ASP
O
paulista Filipe Toledo, 20 anos, levou a enorme torcida que lotou a praia no
domingo ao delírio com seus aéreos sensacionais nas ondas do Postinho para
consolidar o ótimo momento dos brasileiros no Samsung Galaxy World Surf League
Championship Tour. Ele arrancou a sua segunda nota 10 com o mesmo aéreo full
rotation sem as mãos na prancha e não deu qualquer chance para o australiano
Bede Durbidge, 32 anos, na decisão do título do Oi Rio Pro. Com a vitória
massacrante por 19,87 de 20 possíveis na Barra da Tijuca, Filipe faturou 100
mil dólares de prêmio e diminuiu para 550 pontos a diferença para o líder do
ranking, Adriano de Souza. Na outra final do domingo, Courtney Conlogue, 22
anos, bateu a sul-africana Bianca Buitendag, 21, para festejar a primeira
vitória feminina dos Estados Unidos no Rio de Janeiro.
Filipe Toledo. |
"É
tudo muito bizarro e não estou nem acreditando ainda em tudo que está
acontecendo. Não tenho nem palavras, estou em estado de choque", disse
Filipe Toledo, logo depois de atravessar a multidão ensandecida para chegar na
arena do evento. "É um momento que eu nunca tive na minha vida e acho que
nem no nosso esporte com esta torcida gigante. O suporte do público foi
maravilhoso. Depois de tirar a nota 10, escutei a galera gritando parecendo um
estádio de futebol lotado e foi bom demais. Só tenho que agradecer a Deus pela
semana maravilhosa, pela semana abençoada que eu tive com minha família e meus
amigos aqui e quero oferecer essa vitória para todas estas milhares de pessoas
que vieram aqui para torcer para nós, brasileiros. Esse título é para
vocês".
A
final masculina do Oi Rio Pro começou com Filipe Toledo pegando a primeira onda
da bateria e já apresentando sua variedade de manobras modernas. O australiano
respondeu com um aéreo de frontside que valeu nota 5,07, mas também nas
direitas do Postinho, Filipe logo manda o seu aéreo full rotation sem as mãos
na prancha que vinha sendo mortal para dizimar seus adversários até a grande
final. O vôo foi muito alto e a aterrisagem perfeita na base da onda para
Filipe arrancar sua segunda nota 10 unânime dos cinco juízes no Oi Rio Pro,
repetindo o feito conseguido na sexta-feira. Depois ele continuou arriscando os
aéreos e foi aumentando a vantagem a cada onda, até conseguir uma nota 9,87
para superar os 19,27 pontos da estreia de Kelly Slater que ninguém tinha
conseguido bater desde o primeiro dia da etapa brasileira da World Surf League
na Barra da Tijuca.
Bede Durbidge já venceu no Brasil. |
"É
incrível isso, eu tenho 32 anos de idade, o Filipe só 20, ou seja, são 12 anos
de diferença e ele tem um estilo de surfe totalmente diferente do meu",
disse Bede Durbidge, que já venceu uma etapa da World Surf League no Brasil, em
2008 na Praia da Vila, em Imbituba (SC). "Eu prefiro mais os tubos, mas
também gosto de fazer manobras de borda e aéreas. Eu tento usar mais a força
nas manobras, enquanto ele tenta mais aéreos insanos e enormes, então o mar
hoje (domingo) estava melhor para ele. Temos estilos diferentes de surfar, mas
os juízes valorizam ambos, o que é bom para o esporte, então estou feliz pelo
vice-campeonato também".
Dominio verde-amarelo - Depois
do inédito título mundial conquistado por Gabriel Medina no ano passado, o
Brasil vem se consolidando com uma das maiores potências do esporte e dominando
a temporada deste ano. Os brasileiros foram finalistas nas quatro etapas
completadas no Rio de Janeiro e ganharam três. O ano começou com o próprio
Filipe Toledo vencendo o Quiksilver Pro Gold Coast, depois Adriano de Souza só
perdeu no desempate para o australiano Mick Fanning no Rip Curl Pro Bells
Beach, mas faturou o título do Drug Aware Pro Margaret River, que fechou a
"perna australiana" do Samsung Galaxy World Surf League Championship
Tour. Agora Filipe Toledo conquista sua segunda vitória e o Brasil encabeça o
ranking mundial com Adriano de Souza somando 26.250 pontos contra 25.700 de
Filipe Toledo e 20.950 de Mick Fanning, que caiu do segundo para o terceiro
lugar na classificação geral.
Italo Ferreira sentiu a vibração do público. |
"Eu
confesso que estou arrepiado de emoção desde a hora que eu cheguei na praia
hoje (domingo)", contou Filipe Toledo. "Desde a bateria com o Italo
(Ferreira) já deu pra sentir uma vibração incrível do público e toda hora que
eu olhava pra galera me arrepiava inteiro, foi tudo muito contagiante. Estou
feliz por conseguir mais uma vitória e não sei se este vai ser o meu ano, mas
estou trabalhando muito pra isso. Só sei que vai ser mais um ano dos
brasileiros. A gente está batalhando junto, começamos o ano muito bem e vamos
fazer de tudo para que o título mundial continue no Brasil, podem ter certeza
disso".
Semifinais - O
domingo decisivo do Oi Rio Pro começou com as quartas de final femininas e já
com a praia cheia antes das 8 horas da manhã. O público foi aumentando e já
lotava as areias do Postinho quando Filipe Toledo entrou no mar para disputar a
semifinal brasileira com o potiguar Italo Ferreira, 21 anos. Filipe estava inspirado
e já mandou o aéreo para largar na frente e praticamente garantiu a vitória por
15,93 a 6,34 pontos nas duas primeiras ondas que surfou na bateria. Italo é um
dos estreantes na elite dos top-34 da World Surf League esse ano e com o
terceiro lugar no Rio de Janeiro subiu da 17ª para a 11ª posição no ranking.
"Estou
muito feliz com este resultado. Eu gostaria de ter ido mais longe, mas parabéns
para o Filipe (Toledo) que estava surfando muito bem e conseguiu pegar boas
ondas no início da bateria para me vencer", disse Italo Ferreira.
"Estou amarradão porque consegui surfar bem durante todo o evento, acertei
bons aéreos e outras manobras grandes para tirar notas altas, então saio daqui
feliz e agradeço a todos que torceram por mim. Com certeza este resultado me
traz mais confiança para competir nas próximas etapas e agora é focar na
próxima nas Ilhas Fiji".
Na
outra semifinal, Matt Wilkinson, 26 anos, era o favorito. Assim como Filipe
Toledo, ele não tinha perdido nenhuma bateria no Oi Rio Pro, mas o experiente
Bede Durbidge surfou as melhores para ganhar a segunda vaga na grande final por
14,63 a 8,23 pontos. Wilkinson divide o 11º lugar no ranking com Italo
Ferreira, enquanto Bede subiu da 21ª para a décima posição com o
vice-campeonato na etapa carioca, que valeu um prêmio de 40 mil dólares e 8.000
pontos. Já os terceiros colocados, Matt Wilkinson e Italo Ferreira, receberam
20 mil dólares e 6.500 pontos.
Título inédito - Na
categoria feminina, Courtney Conlogue conquistou a sua segunda vitória consecutiva
no Samsung Galaxy World Surf League Championship Tour e foi a primeira surfista
dos Estados Unidos a levantar o troféu de campeã nas treze etapas válidas pelo
título mundial disputadas no Rio de Janeiro desde 1977 até 2015. A sul-africana
Bianca Buitendag se tornou a grande surpresa do último dia quando barrou a
líder do ranking e finalista das três provas que abriram a temporada na
Austrália, a havaiana Carissa Moore, na disputa pela primeira vaga na grande
final. Mas, na decisão do título, Courtney Conlogue pegou as melhores ondas que
entraram na bateria para sacramentar a conquista inédita para o seu país no
Brasil por 14,50 a 11,10 pontos.
Courtney Conlogue venceu segunda etapa seguida. |
"Essa
galera aqui do Brasil é alucinante e estou muito feliz por vencer aqui diante
deste público impressionante que lotou a praia todos os dias", disse
Courtney Conlogue. "É quase inacreditável para mim vencer duas etapas
seguidas, pois o nível técnico das meninas é muito alto. Já estou ansiosa para
a próxima etapa e para ver o que vai acontecer no restante do ano. Eu e a
Bianca (Buitendag) somos muito amigas, ela é uma grande atleta e estou honrada
em fazer uma final com ela. Estou muito feliz pela vitória e quero agradecer
todo este público que compareceu na praia para assistir o campeonato, parabéns
a todos".
Enquanto
a campeã Courtney Conlogue consolidou a sua vice-liderança no ranking,
diminuindo a vantagem da havaiana Carissa Moore para 2.800 pontos, a
sul-africana Bianca Buitendag entrou na lista das dez surfistas que permanecem
na elite das top-17 da World Surf League para a próxima temporada. Com o
vice-campeonato no Oi Rio Pro, Bianca acabou tirando a brasileira Silvana Lima
da zona de classificação, com a cearense caindo do nono para o 11º lugar no
ranking das quatro etapas completadas no Rio de Janeiro. O próximo desafio para
as meninas será nas Ilhas Fiji, com a prova feminina começando em 31 de maio
até 5 de junho.
Bianca Buitendag chega a uma final. |
"Essa
torcida é incrível, nunca vi tanta gente na praia assim numa competição
feminina e estou feliz pelo resultado, pois é muito difícil chegar numa final
do CT", disse Bianca Buitendag. "Certamente eu gostaria que a bateria
final fosse mais disputada, mas eu não consegui achar as ondas que estava
encontrando nas outras vezes que eu competi hoje (domingo). Mesmo assim, saio
daqui feliz com o meu desempenho, consegui surfar bem e agora é arrumar as
malas e ir direto para Fiji, para já ficar lá treinando até o início do
campeonato".
Próxima etapa -
Depois da grande festa que foi o Oi Rio Pro, lotando a praia todos os dias
durante a semana da etapa brasileira no Rio de Janeiro, o Samsung Galaxy World
Surf League Championship Tour parte agora para as Ilhas Fiji, onde os
brasileiros continuarão sendo o centro das atenções. Isto porque o campeão
mundial Gabriel Medina vai estar defendendo o título do Fiji Pro conquistado
nos tubos de Cloudbreak no ano passado, além de Adriano de Souza competindo com
a lycra amarela do Jeep Leaderboard de número 1 do ranking e o vice-líder
Filipe Toledo por ser o único a computar duas vitórias nas quatro primeiras
etapas do ano. A competição masculina acontece entre os dias 7 e 19 de junho,
logo após a feminina que começa em 31 de maio e vai até 6 de junho também nas
Ilhas Fiji.
Oi
Rio Pro estreou o novo patrocínio cota naming da Oi com apresentação da Corona
e a etapa brasileira da World Surf League foi realizada com patrocínio da Oi,
Samsung, Riotur, Prefeitura do Rio de Janeiro, Governo do Estado do Rio de
Janeiro pela Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude, Lei de Incentivo ao
Esporte, além da Jeep, Go Pro, Coppertone e Guaraná Antarctica. Mais
informações do Oi Rio Pro no www.worldsurfleague.com
RESULTADOS
DO ÚLTIMO DIA DO OI RIO PRO:
Campeão:
Filipe Toledo (BRA) por 19,87 pontos (notas 10.00+9.87) - US$ 100.000 e 10.000
pontos
Vice-campeão:
Bede Durbidge (AUS) com 14,70 pontos (7.60+7.10) - US$ 40.000 e 8.000 pontos
SEMIFINAIS
- 3º lugar com 6.500 pontos e US$ 20.000 de prêmio:
1ª)
Filipe Toledo (BRA) 15.93 x 6.34 Italo Ferreira (BRA)
2ª) Bede Durbidge (AUS) 14.63 x
8.23 Matt Wilkinson (AUS)
FINAL
FEMININA DO OI RIO PRO:
Campeã)
Courtney Conlogue (EUA) por 14.50 pontos (notas 7.33+7.17) - US$ 60.000 e
10.000 pontos
Vice-campeã)
Bianca Buitendag (AFR) com 11.10 pontos (6.27+4.83) - US$ 25.000 e 8.000 pontos
SEMIFINAIS
- 3º lugar com 6.500 pontos e US$ 16.250 de prêmio:
1ª)
Bianca Buitendag (AFR) 13.50 x 10.84 Carissa Moore (HAV)
2ª) Courtney Conlogue (EUA) 13.16 x
11.17 Tyler Wright (AUS)
QUARTAS
DE FINAL - 5º lugar com 5.200 pontos e US$ 12.250 de prêmio:
1ª) Bianca Buitendag (AFR) 13.27 x
10.16 Lakey Peterson (EUA)
2ª) Carissa Moore (HAV) 14.60 x
10.06 Keely Andrew (AUS)
3ª) Tyler Wright (AUS) 11.67 x
11.50 Coco Ho (HAV)
4ª)
Courtney Conlogue (EUA) 11.50 x 10.20 Malia Manuel (HAV)
TOP-22
DO RANKING DA WORLD SURF LEAGUE - após a 4.a etapa no Rio de Janeiro:
1º)
Adriano de Souza (BRA) - 26.250 pontos
2º) Filipe Toledo (BRA) - 25.700
3º) Mick Fanning (AUS) - 20.950
4º) Josh Kerr (AUS) - 17.450
5º) Nat Young (EUA) - 16.500
6º) Owen Wright (AUS) - 16.150
7º) John John Florence (HAV) -
15.500
8º) Julian Wilson (AUS) - 15.450
9º) Taj Burrow (AUS) - 15.200
10) Bede Durbidge (AUS) - 14.200
11) Matt Wilkinson (AUS) - 12.750
11)
Italo Ferreira (BRA) - 12.750
13)
Kelly Slater (EUA) - 12.700
14) Jordy Smith (AFR) - 11.450
14) Jadson André (BRA) - 11.450
16)
Jeremy Flores (FRA) - 10.250
17)
Miguel Pupo (BRA) - 9.250
17)
Sebastian Zietz (HAV) - 9.250
19)
Gabriel Medina (BRA) - 9.200
20) Joel Parkinson (AUS) - 8.000
20) Matt Banting (AUS) - 8.000
22) Wiggolly Dantas (BRA) - 7.950
TOP-10 DO JEEP LEADERBOARD RANKING
- 4 etapas:
1ª)
Carissa Moore (HAV) - 34.500 pontos
2ª)
Courtney Conlogue (EUA) - 31.700
3ª) Tyler Wright (AUS) - 23.400
4ª) Stephanie Gilmore (AUS) -
21.050
5ª) Lakey Peterson (EUA) - 20.800
6ª) Sally Fitzgibbons (AUS) -
19.600
7ª)
Malia Manuel (HAV) - 18.650
8ª)
Tatiana Weston-Webb (HAV) - 18.300
9ª)
Bianca Buitendag (AFR) - 18.250
10ª)
Coco Ho (HAV) - 17.000
11ª)
Silvana Lima (BRA) - 15.100
CAMPEÕES
DA ETAPA BRASILEIRA DO MUNDIAL DE SURF NO RIO DE JANEIRO:
WSL
2015 - Filipe Toledo (BRA) - Postinho da Barra da Tijuca - Rio de Janeiro (RJ)
WCT
2014 - Michel Bourez (TAH) - Postinho da Barra da Tijuca - Rio de Janeiro (RJ)
WCT
2013 - Jordy Smith (AFR) - Postinho da Barra da Tijuca - Rio de Janeiro (RJ)
WCT
2012 - John John Florence (HAV) - Postinho da Barra e Arpoador - Rio de Janeiro
(RJ)
WCT
2011 - Adriano de Souza (BRA) - Barra da Tijuca e Arpoador - Rio de Janeiro
(RJ)
WCT
2002 - Taj Burrow (AUS) - Praia de Itaúna, Saquarema (RJ)
WCT
2001 - Trent Munro (AUS) - Móvel no Rio de Janeiro e finais no Arpoador (RJ)
WCT
2000 - Kalani Robb (HAV) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
WCT
1999 - Taj Burrow (AUS) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
WCT
1998 - Peterson Rosa (BRA) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
WCT
1997 - Kelly Slater (EUA) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
WCT
1996 - Taylor Knox (EUA) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
WCT
1995 - Barton Lynch (AUS) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
WCT
1994 - Shane Powell (AUS) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
WCT
1993 - Dave Macaulay (AUS) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
WCT
1992 - Damien Hardman (AUS) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
ASP
1991 - Flávio Padaratz (BRA) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
ASP
1990 - Brad Gerlach (EUA) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
ASP
1989 - Dave Macaulay (AUS) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
ASP
1988 - Dave Macaulay (AUS) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
IPS
1982 - Terry Richardson (AUS) - Praia do Arpoador, Rio de Janeiro (RJ)
IPS
1981 - Cheyne Horan (AUS) - Praia do Arpoador, Rio de Janeiro (RJ)
IPS
1980 - Joey Buran (EUA) - Praia do Arpoador, Rio de Janeiro (RJ)
IPS
1978 - Cheyne Horan (AUS) - Praia do Arpoador, Rio de Janeiro (RJ)
IPS
1977 - Daniel Friedman (BRA) - Praia do Arpoador, Rio de Janeiro (RJ)
IPS
1976 - Pepê Lopes (BRA) - Praia do Arpoador, Rio de Janeiro (RJ)
CAMPEÃS
DAS ETAPAS FEMININAS DO MUNDIAL DE SURF NO RIO DE JANEIRO:
WSL
2015 - Courtney Conlogue (EUA) - Postinho da Barra da Tijuca, Rio de Janeiro
(RJ)
WCT
2014 - Sally Fitzgibbons (AUS) - Postinho da Barra da Tijuca, Rio de Janeiro
(RJ)
WCT
2013 - Tyler Wright (AUS) - Postinho da Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
WCT
2012 - Sally Fitzgibbons (AUS) - Postinho da Barra e Arpoador, Rio de Janeiro
(RJ)
WCT
2011 - Carissa Moore (HAV) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
WCT
2008 - Melanie Bartels (HAV) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
WCT
1999 - Andréa Lopes (BRA) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
WCT
1998 - Pauline Menzer (AUS) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
WCT
1997 - Pauline Menczer (AUS) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
WCT
1994 - Pauline Menczer (AUS) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
WCT
1993 - Neridah Falconer (AUS) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
WCT
1992 - Wendy Botha (AFR) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
IPS
1977 - Margo Oberg (AUS) - Praia de Ipanema, Rio de Janeiro (RJ)
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