A
análise estatística do FIFA.com traz nesta semana a façanha de Neymar como
artilheiro do Brasil, a despedida de Landon Donovan da seleção americana com
números incomparáveis e as dificuldades de pontaria da Alemanha.
Também
temos espaço para o irlandês Robbie Keane, que acaba de ultrapassar feitos de
Marco van Basten e Hakan Sukur nas eliminatórias para a Eurocopa, e para o mais
improvável dos desfechos no Campeonato Inglês Feminino.
57
gols, 58 assistências e 90 vitórias – recordes nos EUA – foram os números com
que Landon Donovan encerrou sua carreira pela seleção americana na noite da
sexta-feira passada aos 32 anos. Ele, que surpreendentemente ficou de fora do
elenco que Jürgen Klinsmann levou ao Brasil 2014, deu adeus à torcida no empate
em 1 a 1 com o Equador, após jogar os primeiros 41 minutos, e deixou o campo em
meio a gritos de "Obrigado, Landon" e de um público que aplaudia de
pé.
Foi
só a trave que negou ao atacante do Los Angeles Galaxy um gol no último jogo, o
que acabou fazendo que ele marcasse pela derradeira vez na vitória sobre o
México por 2 a 0 – exatamente como aconteceu quando ele balançou a rede pela
primeira vez com a camisa de seu selecionado. Somente dez jogadores e apenas um
americano (Cobi Jones, com 164 jogos) fizeram mais partidas por suas
respectivas seleções do que Donovan. Com isso, o californiano ficou 18 gols e
36 assistências à frente de seus concorrentes mais próximos em seu país (Clint
Dempsey e Cobi Jones).
40
gols pela Seleção Brasileira é a impressionante marca que Neymar registrou em
seu 58º jogo pela equipe, superando Bebeto e assumindo o quinto lugar na lista
de artilheiros históricos do Brasil, atrás apenas de Pelé (77), Ronaldo (62),
Romário (55) e Zico (48). Aos 22 anos, ele foi o único jogador a balançar a rede
na goleada canarinha sobre o Japão por 4 a 0 nesta terça-feira e se tornou o
sexto atleta brasileiro (e o mais jovem) a marcar quatro vezes em um
compromisso do conjunto, depois de Ademir de Menezes, Evaristo de Macedo,
Careca, Zico e Romário. Com o feito, também chegou aos 13 gols nos 12 últimos
encontros da Seleção. Pelé alcançou os 40 gols 64 dias mais jovem que Neymar,
que, neste critério, supera com folga Ronaldo (que tinha 25 anos quando fez o
mesmo), Zico (29) e Romário (31). O Brasil, que encerrou sua campanha na última
Copa do Mundo sofrendo dez gols nas duas últimas partidas, manteve sua meta
invicta nos quatro jogos que fez desde então (as vitórias sobre Colômbia,
Equador, Argentina e Japão). Com o resultado, a torcida japonesa viu como sua
seleção continua sem jamais ter vencido o Brasil – foram oito derrotas em 11
partidas e 15 gols sofridos nas quatro últimas.
17
minutos foi o que bastou a Robbie Keane para quebrar o recorde de Marco van
Basten e registrar os três gols mais rápidos de um mesmo jogador em uma única
partida das eliminatórias da Eurocopa, e também para ultrapassar Hakan Sukur e
se tornar o maior artilheiro da história da competição, com 21 gols. O
ex-craque holandês tinha realizado a façanha em um espaço de 23 minutos contra
Malta em 1992, mas o atacante da Irlanda balançou as redes três vezes quatro
minutos mais rápido na goleada de 7 a 0 sobre Gibraltar no último sábado,
chegando aos 65 gols por sua seleção. Em número de gols por suas respectivas
seleções, ele fica atrás somente de Ferenc Puskás (83 gols), Sandor Kocsis
(75), Miroslav Klose (71) e Gerd Müller (68) entre os europeus.
5,6
por cento é a escassa taxa de conversão de chutes em gols da Alemanha em seus
três primeiros jogos nas eliminatórias para a Eurocopa de 2016. Os atletas de
Joachim Löw haviam marcado em 18,4% de suas tentativas na campanha rumo à
consagração no Brasil 2014, mas, apesar de terem dado incomparáveis 77 chutes
no atual classificatório para o torneio europeu, fizeram apenas três gols nos
encontros com a Escócia, a Polônia e a Irlanda. Juntas, estas três seleções
marcaram quatro de seus sete gols contra os alemães (57%). A vitória dos
poloneses por 2 a 0 sobre os atuais campeões mundiais no último sábado foi sua
primeira em 19 encontros com os arquirrivais e acabou com a invencibilidade
germânica em 33 jogos de eliminatórias. O empate em 1 a 1 com a Irlanda em
Gelsenkirchen deixou a Alemanha três pontos atrás dos dois primeiros no Grupo D
e representou a primeira vez desde 2007 que o conjunto passa dois jogos
consecutivos sem vencer.
Nenhum comentário: