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Os versos da música “Soldados”, um dos grandes sucessos da banda Legião Urbana nos anos oitenta, eternizaram uma das brincadeiras mais presente no universo infantil.


Imagens: Gabriella Simões

Os versos da música “Soldados”, um dos grandes sucessos da banda Legião Urbana nos anos oitenta, eternizaram uma das brincadeiras mais presente no universo infantil. Quem nunca brincou de soldado, polícia e ladrão ou de mocinho e bandido. Com certeza, para muitos, era a única brincadeira que poderia aliviar, um pouco, a vida dura da bola do futebol.

Pois é, a brincadeira ficou séria, proibida para as crianças, ganhou o nome de Airsoft e virou Esporte. Na realidade, surgiu já há algum tempo, no Japão, na década de 70, mas vem se popularizando e se espalhando pelo mundo nos últimos anos, com a evolução das regras e dos equipamentos para a brincadeira ganhar aspectos de realidade.

Os praticantes desse esporte são pessoas comuns, que admiram as forças policias e militares. São médicos, engenheiros, professores, militares, estudantes, pedreiros, vendedores, etc. Não há nenhuma vinculação política, paramilitar, separatista, revolucionária ou criminosa. São pessoas com objetivo apenas de se divertir com os amigos, baseados na honra, segurança e respeito às leis.



O Airsoft é um esporte que simula situações diversas de combate. Para isso, são utilizados equipamentos que disparam bolinhas de plástico (bbs) de 6 mm de diâmetro. São rígidas, não possuindo nenhum tipo de tinta, ou sistema de marcação. É um jogo cujo pilar principal é a honra. Assim, quando um jogador é atingido, imediatamente, acusa o acerto e sai do jogo.

Segundo os praticantes, caso um jogador queira ser o highlander, o guerreiro imortal, invencível, acaba sendo deixado de lado nos eventos, e pode, muitas vezes, ser expulso de um time ou organização.

No Japão, o Airsoft é muito popular e quase um esporte “nacional”. Nos Estados Unidos também tem muita popularidade e ocorrem alguns dos principais eventos como a “Operação Irene”, no qual uma base de treinamento do exército é utilizada para a realização de um evento que dura um fim de semana inteiro. Em outros países, eventos como o “Berget” europeu reúne milhares de entusiastas, entre muitos outros.

Se a intenção básica é simular situações de combate, busca-se o realismo em todos os aspectos. Assim, os equipamentos e as vestimentas utilizadas são bem parecidos com os reais. Tais equipamentos são réplicas externas de armas de fogo reais, porém, o mecanismo interno em nada se assemelha, sendo impossível qualquer conversão das armas para o uso com munição real.

As armas de Airsoft são enquadradas como “Armas de Pressão”, de acordo com os decretos e portarias do Exército Brasileiro (R-105 e Portaria Nº 02 COLOG, de 26 fevereiro de 2010). Basicamente há três tipos de armas: elétricas, a gás e à mola. As mais comuns, são as mais indicada para quem deseja ingressar no esporte, são as armas elétrica, também conhecidas como automatic eletric gun ou AEG.

Os jogos são compostos por duas ou mais equipes, vencendo a equipe que conseguir cumprir seu objetivo primeiro, existindo uma infinidade de objetivos.

Quem quiser experimentar o Airsoft pode obter mais informações no site:
www.cursosproject.com.br



Sobre os autores:

Gabriella Simões fez Fotografia Digital no Sesc e é associada a Arfoc/Brasil através da Arfoc/BA. Miguel Brusell é formado em Comunicação Social na UFBA, tem pós em Gestão de Informações para Multimeios na FTC e bloga desde 2003.
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